Durante uma visita de quatro dias a Pequim, o presidente russo Vladimir Putin e o líder chinês Xi Jinping assinaram mais de 20 acordos nas áreas de energia, tecnologia, ciência e saúde. O principal tratado firmado foi entre a Gazprom e a CNPC, que estabelece um memorando juridicamente vinculativo para a construção do gasoduto ‘Power of Siberia 2’, destinado a fornecer gás da Rússia à China ao longo de 30 anos, com um volume anual de 50 bilhões de metros cúbicos.
As negociações trilaterais entre Rússia, China e Mongólia culminaram na assinatura desses acordos, que incluem o aumento do fornecimento de gás por outros gasodutos. A visita de Putin também ocorre em um momento em que ele busca fortalecer laços diplomáticos com aliados do Sul Global, especialmente após sua recente cúpula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, onde pouco progresso foi feito em relação ao conflito na Ucrânia.
Putin enfatizou a importância das relações bilaterais com a China, destacando a memória da fraternidade militar durante a Segunda Guerra Mundial como base para a cooperação atual. Xi Jinping, por sua vez, defendeu uma integração mais profunda entre os dois países e a necessidade de fortalecer a colaboração em plataformas multilaterais como a ONU e o G20. A visita de Putin também coincide com as comemorações do 80º aniversário da vitória sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial.