Um novo protocolo denominado ‘superbebê’ propõe a administração de vitaminas e aminoácidos em gestantes com a intenção de aumentar o QI e melhorar a imunidade dos bebês. No entanto, essa técnica, que ganhou popularidade nas redes sociais, carece de comprovação científica e pode representar riscos significativos para mães e filhos. O médico Dr. Dráuzio Varela adverte que a suplementação pode resultar em intoxicações e sobrecarregar órgãos vitais da criança.
A prática é recomendada antes da 12ª semana de gestação, mas órgãos de saúde, como a OMS e o Ministério da Saúde, recomendam apenas ácido fólico e ferro durante a gravidez. Casos de hipervitaminose já são frequentes no Brasil, com relatos de complicações graves, como o da corretora Ana Paula Fernandes, que enfrentou dores intensas após injeções de vitamina B12 e D. Outro caso alarmante é o da aposentada Tecla Maria Sena Silva, que quase precisou de hemodiálise após receber doses excessivas de vitaminas.
A Anvisa registrou 240 notificações de problemas relacionados a suplementos vitamínicos desde o ano passado, com 28% dos casos sendo considerados graves. Especialistas ressaltam que a suplementação deve ser feita apenas em casos de deficiência comprovada, alertando que o uso indiscriminado pode levar a sérios problemas de saúde. A recomendação é que uma dieta equilibrada, rica em frutas e vegetais, já fornece os nutrientes necessários para gestantes.