O serviço ferroviário para Machu Picchu, a icônica cidadela inca no Peru, foi suspenso nesta segunda-feira, 15 de setembro, em decorrência de protestos organizados por moradores locais. A empresa operadora, PeruRail, anunciou a interrupção temporária das operações, enquanto a Frente de Defesa dos Interesses de Machu Picchu reivindica a contratação de uma nova empresa para o transporte terrestre após o fim da concessão de 30 anos.
Machu Picchu, reconhecida como Patrimônio da Humanidade desde 1983, recebe em média 4.500 visitantes por dia, muitos deles estrangeiros. O bloqueio da ferrovia, que inclui pedras e troncos colocados nos trilhos, tem gerado incertezas sobre a situação dos turistas retidos e a falta de um plano de evacuação por parte das autoridades. Apesar da suspensão do trem, a empresa Consettur Machupicchu informou que seus ônibus continuam operando normalmente.
Os protestos refletem uma insatisfação crescente entre os moradores sobre a gestão do transporte turístico na região. Carlos Milla, ex-presidente da Câmara de Turismo de Cusco, expressou preocupação com o impacto negativo que essas manifestações podem ter sobre a reputação do Peru no cenário turístico internacional. A greve por tempo indeterminado anunciada pela Frente de Defesa dos Interesses de Machu Picchu continua até que suas demandas sejam atendidas.