Promotores federais dos Estados Unidos solicitaram nesta terça-feira que o magnata do hip-hop Sean ‘Diddy’ Combs seja condenado a pelo menos 135 meses (mais de 11 anos) de prisão por acusações relacionadas à prostituição. A sentença será proferida pelo juiz Arun Subramanian durante audiência marcada para esta sexta-feira, em Manhattan. Combs foi considerado culpado por transportar prostitutos masculinos entre estados para participarem de apresentações sexuais regadas a drogas, nas quais ele assistia, gravava e se masturbava.
O julgamento, que durou dois meses, terminou em 2 de julho com a condenação do rapper por duas acusações específicas, enquanto ele foi absolvido das acusações mais graves de extorsão e tráfico sexual, que poderiam resultar em prisão perpétua. Os promotores afirmaram que Combs coagiu duas ex-namoradas a participarem dessas apresentações, conhecidas como “Freak Offs”, e que as ameaçava com violência física e corte do apoio financeiro. A defesa argumentou que não havia ligação direta entre os abusos e a participação das mulheres, o que contribuiu para a absolvição nas acusações mais sérias.
Combs, fundador da Bad Boy Records e figura influente na popularização do hip-hop nos EUA, está preso desde setembro de 2024 no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn. Seus advogados pedem uma pena reduzida de 14 meses, considerando o tempo já cumprido na prisão. O artista nega todas as acusações e pretende recorrer da decisão. A sentença definitiva poderá impactar sua liberdade e repercutir na indústria musical e no debate sobre justiça criminal nos Estados Unidos.