O mercado de programas de fidelidade no Brasil experimentou um crescimento significativo, alcançando um faturamento recorde de R$ 21,9 bilhões em 2024. No primeiro trimestre de 2025, o número de inscritos em programas de pontos e milhas atingiu 333,8 milhões, um aumento de 6,2% em relação ao ano anterior. A maior parte dos resgates, mais de 73,6%, foi direcionada a passagens aéreas, embora a origem dos pontos seja majoritariamente de compras no varejo e serviços.
A Associação Brasileira de Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf) destaca que mais de 92% dos pontos acumulados provêm de transações que não envolvem viagens. Juliana Assad, do Santander, enfatiza que os consumidores agora podem acumular pontos com uma variedade de compras, desde produtos de limpeza até eletrônicos. A hiperpersonalização, impulsionada pela inteligência artificial, está se tornando uma estratégia central para as empresas, permitindo campanhas promocionais adaptadas ao perfil de cada cliente.
Os especialistas preveem que a evolução dos programas de fidelidade continuará a transformar a forma como os consumidores interagem com suas recompensas. Com cada brasileiro participando, em média, de oito programas diferentes, a expectativa é que a consolidação das plataformas e a clareza nas regras do setor contribuam para um amadurecimento significativo. A combinação de dados e novas tecnologias promete tornar os pontos uma moeda de troca ainda mais integrada ao cotidiano dos consumidores.