Um programa inovador em Magé, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, utiliza detentos para reflorestar áreas degradadas da Mata Atlântica. Desde o início da iniciativa, participantes como Daniel Lemos, 36 anos, relatam mudanças significativas em suas vidas após se envolverem no plantio de mudas. O projeto, que combina recuperação ambiental com reintegração social, tem como objetivo oferecer uma alternativa à prisão tradicional e contribuir para a preservação do bioma local.
A iniciativa ocorre em uma região marcada por desafios socioeconômicos e ambientais, onde a degradação da Mata Atlântica é preocupante. Ao envolver os detentos no cuidado com o meio ambiente, o programa promove a conscientização e o desenvolvimento de habilidades que podem facilitar a reinserção social após o cumprimento das penas. Além disso, o trabalho contribui para a restauração de áreas verdes essenciais para a biodiversidade e qualidade de vida da população local.
Os resultados preliminares indicam que o programa pode reduzir índices de reincidência criminal ao oferecer uma ocupação produtiva e educativa aos participantes. A experiência em Magé pode inspirar políticas públicas similares em outras regiões do Brasil que enfrentam problemas relacionados à criminalidade e à conservação ambiental. Assim, o projeto representa um avanço na integração entre justiça social e sustentabilidade ambiental.