Agricultores de Casa Branca, São Paulo, enfrentam um desafio crescente com a presença de maritacas que ameaçam suas plantações de jabuticaba. Para afastar as aves, que se tornaram uma praga, eles recorrem a buzinas e tambores, além de outras estratégias sonoras, como caixas de som que imitam barulhos de fogos e gaviões. A safra principal ocorre entre agosto e setembro, mas os danos já são visíveis, especialmente no inverno, quando a quantidade de frutas é reduzida.
Priscila de Oliveira Fargan, uma das produtoras afetadas, relata que as maritacas não apenas consomem as frutas, mas também danificam as árvores. A situação é preocupante não apenas para os cultivadores de jabuticaba, mas também para aqueles que plantam girassol, café e cana-de-açúcar na região. Com a produção familiar avançando por gerações, a luta contra as aves se torna um desafio diário para garantir a colheita e a tradição agrícola local.
A produção de jabuticaba em Casa Branca é uma importante fonte de renda e emprego, gerando mais de 1,5 mil postos de trabalho durante a colheita. Estima-se que a safra movimenta cerca de R$ 20 milhões anualmente. Apesar dos desafios impostos pelas maritacas, os agricultores continuam a buscar soluções inovadoras para proteger suas plantações e manter a vitalidade econômica da região.