Os Correios apresentaram um prejuízo de R$ 4,4 bilhões no primeiro semestre de 2025, valor que já ultrapassa o rombo total de R$ 2,6 bilhões registrado em todo o ano de 2024. O balanço foi divulgado na terça-feira, 2 de setembro de 2025, e revela uma queda de 9,5% na receita total, que somou R$ 8,9 bilhões, enquanto as despesas alcançaram R$ 13,4 bilhões. O resultado negativo é atribuído a aumentos expressivos em diversas rubricas de custo, incluindo um crescimento alarmante de 512% nas despesas com precatórios.
Além disso, as despesas administrativas saltaram de R$ 1,2 bilhão para R$ 3,4 bilhões, e o resultado financeiro piorou significativamente, com despesas subindo de R$ 3 milhões para R$ 673 milhões. No segundo trimestre de 2025, o prejuízo foi de R$ 2,64 bilhões, quase cinco vezes maior que no mesmo período do ano anterior. A empresa atribui esses resultados à transformação acelerada do setor privado de logística e à falta de investimentos nos últimos anos, que impactaram sua competitividade.
A situação dos Correios levou à demissão do presidente Fabiano Silva dos Santos em julho, após a divulgação do prejuízo do primeiro trimestre. A empresa, que já teve lucros durante os governos anteriores, enfrenta desafios sob a gestão atual. Com mais de 10.350 unidades de atendimento no Brasil, os Correios se afirmam como uma instituição estratégica para a sociedade, mas precisam urgentemente reavaliar sua estrutura operacional para garantir sua relevância no mercado.