No último sábado, Reino Unido, França e Alemanha reativaram as sanções da ONU contra o Irã, alegando que o país violou o acordo nuclear de 2015. Em resposta, Teerã negou estar desenvolvendo armas nucleares e convocou embaixadores dos três países, prometendo uma reação firme. A reimposição das sanções reacende as tensões no Oriente Médio, especialmente após bombardeios recentes de Israel e dos EUA a instalações iranianas, e agrava a crise econômica já enfrentada pelo Irã.
As sanções, que haviam sido impostas entre 2006 e 2010, foram restabelecidas após tentativas de adiamento falharem durante a reunião anual da ONU. Os ministros europeus enfatizaram a necessidade de que o Irã e outros países cumpram as resoluções da ONU, mas também reiteraram que a diplomacia ainda é uma opção viável. O governo dos EUA reforçou que negociações diretas continuam sendo uma possibilidade, com o secretário de Estado afirmando que um novo acordo seria benéfico para todas as partes envolvidas.
A economia iraniana já enfrenta dificuldades devido a sanções norte-americanas desde 2018, quando o ex-presidente Donald Trump abandonou o acordo nuclear. A moeda do país atingiu novos níveis de desvalorização, refletindo o temor de novas medidas punitivas. A instabilidade econômica pode levar a um agravamento da crise interna e aumentar as tensões regionais, conforme as potências europeias buscam pressionar os líderes iranianos a cooperar.