Instituições de educação infantil em Porto Alegre têm enfrentado um aumento alarmante nos casos de síndrome mão-pé-boca, com 161 pessoas contaminadas entre a segunda metade de julho e a primeira semana de setembro. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, foram registrados 19 surtos da doença, que afeta principalmente crianças pequenas, mas também pode impactar adultos. Na última quinta-feira (11), a prefeitura emitiu um alerta epidemiológico à rede de serviços notificadores da capital, reforçando a necessidade de atenção e medidas preventivas.
A síndrome mão-pé-boca é provocada por vírus que circulam no trato digestivo e é mais comum em crianças de até cinco anos. Os sintomas incluem febre, manchas vermelhas na boca e dificuldade para engolir, além de bolhas nas mãos e pés. A transmissão ocorre por contato direto ou por meio de secreções e objetos contaminados, sendo o período de maior risco na primeira semana após o contágio. As principais medidas de controle incluem o afastamento dos sintomáticos e intensificação da higiene das mãos e superfícies.
Embora não haja vacina ou tratamento específico, a doença geralmente apresenta evolução leve e desaparece espontaneamente após alguns dias. A prefeitura elaborou recomendações para prevenção, como lavar as mãos frequentemente, não compartilhar utensílios e manter afastados os pacientes até a resolução dos sintomas. A situação demanda atenção redobrada para evitar novos surtos e proteger a saúde das crianças e da comunidade escolar.