A Polônia rejeitou na sexta-feira a sugestão de Donald Trump de que as incursões de drones russos em seu espaço aéreo poderiam ter sido um erro. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, afirmou categoricamente que o ataque foi deliberado, contradizendo a narrativa do ex-presidente dos EUA, que havia declarado que poderia ter sido um erro. Este incidente marca a primeira vez que um membro da Otan disparou contra drones russos durante a guerra na Ucrânia.
A Rússia, por sua vez, alegou que suas forças estavam atacando a Ucrânia e não tinham intenção de atingir alvos na Polônia. Após o ataque, a Alemanha anunciou o aumento do policiamento aéreo sobre a Polônia, enquanto o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para discutir o incidente a pedido de Varsóvia. A resposta direta da Polônia a Trump é um sinal claro da preocupação europeia com a disposição do presidente dos EUA em dar crédito à versão russa dos fatos.
O vice-ministro da Defesa da Polônia, Cezary Tomczyk, enfatizou que não há dúvida sobre a natureza do ataque, caracterizando-o como uma tentativa da Rússia de testar as capacidades de resposta da Polônia e da Otan. A situação ressalta a fragilidade das relações internacionais e a necessidade de uma postura firme diante das agressões russas, especialmente entre os aliados mais próximos dos EUA na Europa.