A Polônia rejeitou nesta sexta-feira, 12, a afirmação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que a incursão de drones russos em seu espaço aéreo poderia ter sido um erro. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, enfatizou que o ataque foi intencional e não um engano, ressaltando a gravidade da situação. O episódio marcou a primeira vez que um membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reagiu a uma operação russa desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Na quarta-feira, 10, a Força Aérea polonesa abateu mais de dez drones que violaram seu espaço aéreo, com quatro deles sendo destruídos. O vice-ministro da Defesa polonês, Cezary Tomczyk, também contradisse Trump ao afirmar que o ataque foi uma ação deliberada da Rússia. Em resposta à ameaça, Varsóvia acionou o artigo 4 do tratado da Otan, permitindo reuniões urgentes quando um membro se sente ameaçado, algo que ocorreu apenas sete vezes desde 1949.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas, solicitado pela Polônia, realizará uma reunião de emergência sobre o incidente. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou o episódio como uma violação imprudente e sem precedentes do espaço aéreo polonês e europeu. A Otan também convocou uma coletiva de imprensa para discutir a situação, evidenciando a preocupação internacional com a escalada das tensões na região.