O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, afirmou que a introdução de uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia deve ser considerada, especialmente após um recente incidente envolvendo drones, cuja origem russa não foi confirmada. Em entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, Sikorski destacou que essa decisão deve ser tomada em conjunto com aliados da OTAN e da União Europeia, e não unilateralmente pela Polônia. Ele também enfatizou a importância de aprender com a experiência da Ucrânia em combate a drones, reconhecendo que o país está à frente em termos de defesa nessa área.
Sikorski mencionou que ainda não há informações concretas sobre o propósito dos drones que sobrevoaram a Polônia, apenas especulações. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, confirmou que diversos drones foram abatidos, mas sem apresentar provas de sua origem russa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também comentou sobre o incidente, que envolveu mais de dez drones, enquanto autoridades russas negaram qualquer envolvimento em ataques ao território polonês.
A situação atual indica um aumento nas tensões entre a Polônia e a Rússia, com Kiev solicitando apoio militar para estabelecer uma zona de exclusão aérea no oeste da Ucrânia. O Pentágono alertou que qualquer participação dos EUA na destruição de mísseis sobre a Ucrânia poderia implicar um envolvimento direto no conflito. Assim, a Polônia se vê diante da necessidade de fortalecer suas defesas e avaliar suas alianças estratégicas na região.