A Justiça de Guarujá, no litoral de São Paulo, absolveu dois policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) acusados de matar Jefferson Junio Ramos Diogo durante a Operação Escudo, deflagrada em julho de 2023. O juiz Edmilson Rosa dos Santos, da 3ª Vara Criminal, afirmou que os agentes agiram em legítima defesa, considerando a reação proporcional à ameaça enfrentada. A decisão foi proferida na última terça-feira (9), após análise do conjunto probatório apresentado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Jefferson foi baleado em uma favela na Rua Quatro, em Guarujá, e o laudo necroscópico indicou que ele levou quatro tiros. A acusação sustenta que os policiais simularam que a vítima estava armada, plantando uma pistola ao lado do corpo. Em contrapartida, os PMs alegaram que Jefferson apontou uma arma para eles, justificando a ação letal.
O MP-SP já recorreu da absolvição e aguarda o julgamento do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que decidirá se a sentença será mantida ou se os policiais serão levados a júri popular. Enquanto isso, a absolvição prevalece. O caso levanta questões sobre a atuação policial e os direitos humanos na região, especialmente em um contexto onde operações policiais têm gerado um aumento significativo nas mortes durante confrontos.