Na quarta-feira, 3 de setembro, delegados e agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) se reuniram em assembleias para discutir a proposta de reajuste salarial de 18,9% apresentada pelo governo federal. Apesar de considerarem o aumento um avanço, os servidores insistem na busca por paridade salarial com a Polícia Federal (PF), reivindicação histórica da categoria. O presidente do Sinpol-DF, Enoque Venancio de Freitas, destacou a importância da assembleia como demonstração de força e confiança na sensibilidade do presidente Lula para corrigir distorções salariais que perduram há quase uma década.
Os sindicatos Sinpol-DF e Sindepo-DF, que representam os policiais civis e delegados, respectivamente, realizaram as assembleias com a participação de mais de 1,3 mil servidores. A presidente do Sindepo-DF, Claudia Alcântara, afirmou que a decisão foi unânime em rejeitar a proposta e continuar as negociações. Os próximos passos incluem reuniões com o Executivo local e o governo federal, além do apoio dos parlamentares, que se comprometeram a interceder junto ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos para agendar novas discussões.
A discrepância salarial entre a PCDF e a PF é significativa, com os delegados da Polícia Civil recebendo até R$ 7 mil a menos que seus colegas da PF. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, reiterou seu pedido ao presidente Lula para que uma proposta legislativa seja encaminhada ao Congresso Nacional, visando a recomposição salarial das forças de segurança pública. A expectativa é que as negociações avancem e resultem em melhorias efetivas para os servidores da segurança pública.