Na manhã de 8 de setembro de 2025, uma operação conjunta das Polícias Militar e Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foi realizada na Favela do Moinho, no centro de São Paulo. O alvo principal da ação foi Alessandra Moja, irmã de Leonardo Moja, conhecido como Léo do Moinho, que está preso sob acusação de ser o chefe do tráfico de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC). Alessandra se apresentava como líder comunitária e é acusada de repassar informações sobre o tráfico e extorquir famílias em troca de benefícios habitacionais.
De acordo com o Ministério Público, Alessandra liderava um esquema que cobrava propinas das famílias beneficiadas por acordos com o CDHU, autorizando cadastros apenas mediante pagamento. A operação resultou na prisão de Alessandra e outros envolvidos, incluindo sua filha e substitutos de Léo. Promotores afirmam que a ação é um desdobramento de investigações anteriores que visam desarticular a atuação do PCC na Cracolândia e outras áreas da cidade.
As investigações revelam que a Favela do Moinho serve como um ponto estratégico para o PCC, que controla o tráfico e extorsões na região. A operação policial é parte de um esforço contínuo para reduzir a influência do crime organizado em São Paulo, especialmente em áreas vulneráveis como a Cracolândia. Apesar das prisões, a presença de dependentes químicos ainda persiste em outras partes do centro da cidade, embora em menor número.