Uma operação das Polícias Militar e Civil, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), resultou na prisão de Alessandra Moja na manhã de 8 de setembro de 2025, na Favela do Moinho, localizada no centro de São Paulo. Alessandra é irmã de Leonardo Moja, conhecido como Léo do Moinho, que está preso e é acusado de ser o chefe do tráfico de drogas da região. Durante a operação, foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão, visando desmantelar a estrutura criminosa que opera na favela.
De acordo com o Ministério Público, Alessandra atuava como líder comunitária e presidente da Associação de Moradores da Favela do Moinho, enquanto transmitia informações sobre atividades criminosas e recebia ordens do irmão preso. Além dela, outras pessoas foram detidas, incluindo Jorge de Santana, suspeito de armazenar drogas, e Yasmin Moja, filha de Alessandra. A operação é um desdobramento de ações anteriores contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), que utiliza a favela como ponto estratégico para o tráfico.
As implicações dessa operação são significativas para o combate ao crime organizado em São Paulo. O MP aponta que a Favela do Moinho serve como um ‘bunker’ para o PCC, abastecendo áreas como a Cracolândia. As investigações revelam que os traficantes estão cobrando ‘pedágio’ dos moradores que recebem auxílio para se mudar, evidenciando a extensão do controle exercido por Léo do Moinho e sua família sobre a comunidade. A continuidade das operações policiais pode levar a uma diminuição ainda maior da influência do PCC na região.