Na tarde de terça-feira, 16, a polícia identificou o segundo suspeito do assassinato do ex-delegado-geral do Estado Ruy Ferraz Fontes, que foi emboscado na Praia Grande, litoral paulista. A informação foi divulgada pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que também mencionou a possibilidade de envolvimento de outros quatro indivíduos no crime. A força-tarefa responsável pela investigação já havia identificado um primeiro suspeito com antecedentes criminais por roubo e tráfico de drogas.
Durante o velório de Fontes, Derrite afirmou que a identificação do segundo suspeito foi possível graças ao reconhecimento de material genético encontrado em um dos veículos envolvidos no crime. Ele não descartou a hipótese de envolvimento do crime organizado, dada a notoriedade de Fontes em sua carreira e sua atuação como secretário em Praia Grande. As investigações estão focadas em duas linhas principais: uma possível retaliação do Primeiro Comando da Capital (PCC) e uma ligação com uma licitação que teria prejudicado uma entidade ligada aos criminosos.
A força-tarefa investiga ainda a conexão com um líder do PCC que deixou um presídio federal recentemente. Fontes, conhecido por seu trabalho contra o PCC, havia expressado preocupações sobre sua segurança após sofrer assaltos anteriores. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Praia Grande e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio de outros departamentos.