Na madrugada de sexta-feira, 13, a Polícia Federal prendeu oito pessoas suspeitas de tentativas de hackeamento de contas do Banco Central para desvio de valores via Pix. O grupo foi detido em flagrante enquanto tentava invadir o sistema da Caixa Econômica Federal e enfrentará acusações de organização criminosa e furto qualificado. As investigações continuam para identificar outros envolvidos nas fraudes.
O Pix, atualmente o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, tem sido alvo frequente de ataques cibernéticos. Nos últimos dois meses, criminosos desviaram mais de R$ 1,5 bilhão de bancos e fintechs por meio de invasões a sistemas de provedores de tecnologia que conectam instituições ao Banco Central. A vulnerabilidade maior reside nas empresas intermediárias, que ampliam os riscos para as operações financeiras.
Em resposta ao aumento das fraudes, o Banco Central anunciou novas medidas de segurança. Desde a última sexta-feira, transações realizadas por fintechs sem autorização ou por instituições que utilizam provedores terceirizados estão limitadas a R$ 15 mil. Além disso, o BC antecipou o prazo para que instituições de pagamento solicitem licença formal de operação, aumentando a fiscalização sobre empresas que prestam serviços de integração com o sistema financeiro.