Na manhã de sexta-feira (12), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão preventiva contra os empresários Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS’, e Maurício Camisotti, no âmbito da Operação Cambota. A ação visa aprofundar as investigações sobre a cobrança ilegal de mensalidades associativas descontadas sem autorização dos benefícios previdenciários de milhões de aposentados e pensionistas. Além das prisões, foram executados 13 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos suspeitos, todos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O advogado Nelson Wilians, que representa Camisotti, afirmou que está colaborando com as autoridades e que sua relação com o empresário é estritamente profissional. Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicam transações atípicas envolvendo R$ 15,5 milhões entre o escritório de Wilians e Camisotti. O advogado defende que as medidas tomadas são meramente investigativas e não implicam culpa ou responsabilidade.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instaurada para apurar as cobranças ilegais, declarou que as prisões são um primeiro passo para esclarecer os fatos e punir os envolvidos. Ele mencionou que outras prisões estão sendo solicitadas ao STF e que a PF já possui informações sobre o envolvimento de uma quadrilha maior no esquema. Viana enfatizou a urgência em agir para evitar que os suspeitos possam esconder bens relacionados às fraudes.