A Polícia Federal (PF) apreendeu seis quadros de artistas renomados, como Emiliano Di Cavalcanti e Tomie Ohtake, durante a Operação Cambota, realizada em São Paulo. O grupo investigado é acusado de desviar R$ 6,3 bilhões em benefícios de aposentados, utilizando fraudes e corrupção para movimentar recursos do INSS. Entre as obras apreendidas, destacam-se cinco quadros de Cândido Portinari, cujos valores podem variar entre R$ 2 milhões e R$ 5 milhões, além de esculturas e outras peças de arte.
As investigações revelaram um esquema complexo que incluía propinas a servidores do INSS e a criação de associações de fachada para cadastrar aposentados sem autorização. A PF prendeu Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, ambos envolvidos nas fraudes. A defesa dos acusados nega as acusações e afirma estar colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos.
O desmantelamento dessa organização criminosa pela PF e pela Controladoria-Geral da União (CGU) não apenas interrompeu os desvios milionários, mas também levantou questões sobre o uso do dinheiro desviado para investimentos em arte. A autenticidade das obras apreendidas será verificada por peritos e curadores, em um processo que envolve análises detalhadas das peças. O impacto dessa operação pode ser significativo, tanto na recuperação dos recursos quanto na responsabilização dos envolvidos.