No Dia da Independência, 7 de setembro, o Brasil foi palco de uma intensa polarização em torno da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja da Silva participaram do tradicional desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, ao lado de autoridades como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente da Câmara, Hugo Motta. Enquanto isso, movimentos sociais e militantes da esquerda organizaram protestos em várias capitais contra a proposta de anistia, destacando a defesa da soberania nacional.
Durante os atos, o presidente da Câmara criticou a polarização política e defendeu a pacificação, embora tenha sido pressionado pela direita bolsonarista a pautar o projeto de anistia. Em São Paulo, o protesto da esquerda contou com a presença de figuras proeminentes como os ministros Alexandre Padilha e Luiz Marinho, além do presidente nacional do PT, Edinho Silva. O deputado Guilherme Boulos discursou sobre a apropriação da data pela direita, enfatizando que os símbolos nacionais foram utilizados para encobrir ações consideradas traiçoeiras.
À tarde, atos bolsonaristas tomaram as ruas com o lema “Anistia Já”, reunindo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo governadores e deputados. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, fez um discurso contundente pedindo pela anistia e criticando o Supremo Tribunal Federal. Com o veredicto do STF sobre o julgamento de Bolsonaro se aproximando, as tensões políticas no país devem se intensificar ainda mais nos próximos dias.