Produtores rurais enfrentam um grave risco com a presença de plantas tóxicas nos pastos, que podem causar a morte súbita do gado. Espécies como erva-de-rato, maria-mole e cicuta frequentemente se misturam à vegetação, dificultando a identificação por parte dos criadores. O médico veterinário Ronerio Bach alerta que a intoxicação pode não apresentar sintomas evidentes, levando à subnotificação de casos, já que muitas mortes são atribuídas a picadas de cobras ou outras doenças.
O criador João Flávio compartilha sua experiência ao perder animais por intoxicação e destaca a importância de vistorias regulares e aplicação de herbicidas para erradicar ervas nocivas. Ele enfatiza que seus funcionários estão sempre atentos a plantas suspeitas e realizam o controle rigoroso das pastagens. Além disso, Vinicius Gonçalves, administrador de uma fazenda no noroeste paulista, menciona a prática de rotação de pasto com o plantio de milho como uma estratégia eficaz, embora reconheça que o controle químico anual ainda seja necessário para prevenir o surgimento de novas ervas tóxicas.
As implicações dessa situação são significativas para a pecuária brasileira, uma vez que a saúde do gado impacta diretamente na produção e na economia rural. A conscientização sobre os riscos das plantas tóxicas e a adoção de práticas preventivas são essenciais para garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade do setor. Com o aumento da mortalidade associada a essas plantas, é crucial que os produtores se mantenham informados e adotem medidas proativas para proteger seus rebanhos.