A falta de um planejamento sucessório adequado pode levar à perda de até 20% do patrimônio a ser herdado, segundo especialistas consultados. Carlos Eduardo Fernandes, da Blue3 Investimentos, e Jonas Carneiro, da Petrópolis Invest-XP, destacam que os custos relacionados ao Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) e honorários advocatícios podem impactar significativamente a herança. Um planejamento estruturado não apenas reduz esses custos, mas também assegura a preservação do patrimônio para futuras gerações.
Entre as ferramentas recomendadas para um planejamento sucessório eficiente estão o seguro de vida e a previdência privada do tipo VGBL, que oferecem vantagens tributárias e agilidade no acesso aos recursos pelos herdeiros. Especialistas ressaltam que o seguro de vida é crucial para garantir liquidez imediata, permitindo que os beneficiários enfrentem o luto sem a pressão de dívidas. Além disso, a advogada Maria Paula Molinar sugere que parte da sucessão seja realizada em vida para aliviar os herdeiros do fardo tributário.
Com a previsão de que as gerações Y e Z herdarão cerca de US$ 84 trilhões até 2045, a falta de preparo dos herdeiros se torna uma preocupação crescente. Muitos jovens não demonstram interesse em gerir o patrimônio herdado, optando por terceirizar a gestão dos ativos familiares. Essa situação destaca a necessidade urgente de um planejamento sucessório eficaz, especialmente em um contexto onde as novas gerações estão cada vez mais abertas à inovação e diversificação nos investimentos.