A falta de planejamento na sucessão patrimonial pode resultar em perdas significativas, variando de 10% a 20% do patrimônio a ser herdado, segundo especialistas consultados pelo Broadcast. Carlos Eduardo Fernandes, líder de Planejamento Patrimonial da Blue3 Investimentos, e outros profissionais apontam que os custos incluem o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), além de honorários advocatícios e taxas cartoriais. Um planejamento bem estruturado não apenas minimiza esses gastos, mas também assegura a preservação do patrimônio para as futuras gerações.
Entre as ferramentas recomendadas para um planejamento eficaz estão o seguro de vida e a previdência privada do tipo VGBL, que oferecem vantagens tributárias e agilidade no acesso aos recursos pelos herdeiros. Especialistas como Jonas Carneiro, da Petrópolis Invest-XP, ressaltam que o seguro de vida garante liquidez imediata, permitindo que os beneficiários enfrentem o luto sem a pressão de dívidas. Além disso, a advogada Maria Paula Molinar sugere que parte da sucessão seja realizada em vida para aliviar o fardo tributário sobre os herdeiros.
O estudo ‘Navigating the Future of Wealth 2024’ indica que as gerações Y e Z herdarão cerca de US$ 84 trilhões até 2045, levantando preocupações sobre a preparação desses jovens para administrar grandes fortunas. Fernandes observa que a falta de preparo entre herdeiros é um desafio crescente no Brasil, especialmente com a tendência de casais terem filhos mais tarde. A gestão do patrimônio muitas vezes é terceirizada, enquanto os ativos permanecem na família, refletindo uma diferença nas abordagens entre famílias do interior e das grandes cidades.