A falta de um planejamento sucessório pode levar à perda de até 20% do patrimônio a ser herdado, segundo especialistas consultados. Entre os principais custos estão o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), que varia de 4% a 8% conforme o estado, além de honorários advocatícios e taxas cartoriais. Um planejamento bem estruturado pode proporcionar eficiência tributária e ajudar na preservação do patrimônio para as futuras gerações.
Especialistas recomendam ferramentas como seguros de vida e previdência privada do tipo VGBL, que não passam pelo processo de inventário e garantem acesso mais rápido aos herdeiros. O seguro de vida, em particular, oferece liquidez imediata, permitindo que os beneficiários recebam uma indenização sem enfrentar a burocracia do inventário. Essa estratégia é vista como uma forma de assegurar um legado positivo e estabilidade financeira para a família.
A advogada Maria Paula Molinar sugere que parte da sucessão seja realizada em vida para aliviar os herdeiros dos impostos. Com a previsão de que as gerações Y e Z herdarão cerca de US$ 84 trilhões até 2045, a falta de preparo entre os herdeiros é uma preocupação crescente. A gestão do patrimônio muitas vezes é terceirizada, refletindo um contraste nas abordagens entre famílias do interior e das grandes cidades, onde os herdeiros tendem a buscar caminhos próprios.