O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025, totalizando R$ 3,2 trilhões, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira. Embora o resultado seja positivo, ele confirma uma desaceleração na economia, que vinha apresentando crescimentos mais robustos desde 2021. A coordenadora de contas nacionais do IBGE, Rebeca Palis, atribui esse baixo avanço ao impacto da política monetária, caracterizada por juros elevados desde setembro do ano passado.
O desempenho do PIB foi influenciado por setores como serviços e indústria, que cresceram 0,6% e 0,5%, respectivamente, compensando a queda de 0,1% na agropecuária. O consumo das famílias também avançou 0,5%, enquanto o do governo caiu 0,6%. As exportações de bens e serviços aumentaram 0,7%, enquanto as importações caíram 2,9%. Contudo, os efeitos do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump ainda não se refletem nos dados atuais e devem aparecer na próxima divulgação.
Apesar da desaceleração no curto prazo, o PIB alcançou o maior patamar da série histórica desde 1996. A sustentação do consumo das famílias e a alta das exportações de commodities como soja e petróleo são fatores que podem contribuir para um crescimento mais robusto em 2025. Analistas destacam que o desempenho da economia foi melhor do que o esperado, aumentando as chances de um crescimento mais significativo no próximo ano.