A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu não incluir Jair Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia em uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), apesar das duras acusações contidas em um relatório da Polícia Federal sobre crimes de coação. O chefe da PGR, Paulo Gonet, optou por não seguir as recomendações da PF, o que gerou descontentamento entre os investigadores, que frequentemente se mostram em desacordo com os procuradores em relação a investigações envolvendo Bolsonaro e seus aliados.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi identificado como financiador das ações de seu filho nos Estados Unidos, que visavam coagir ministros do STF utilizando influência política junto ao governo de Donald Trump. No entanto, a PGR não considerou as condutas de Bolsonaro e Malafaia como passíveis de denúncia, o que permitiu ao pastor solicitar a devolução de bens apreendidos pela PF, incluindo seu passaporte e livros de oração, embora até o momento não tenha obtido êxito em seus pedidos.
A decisão da PGR levanta questões sobre a eficácia das investigações e a relação entre as diferentes instituições envolvidas. A divergência entre a PF e a PGR pode impactar a percepção pública sobre a responsabilização de figuras políticas e a integridade do sistema judicial no Brasil, especialmente em casos que envolvem altos escalões do governo.

