Uma pesquisa realizada na Austrália testou 20 protetores solares para verificar se o grau de proteção solar divulgado nas embalagens correspondia ao oferecido na prática. O resultado mostrou que, dos 20 produtos analisados, 16 apresentaram FPS incorreto. A investigação foi conduzida pela CHOICE (Associação de Consumidores da Austrália), motivada pelo dado alarmante de que 2 em cada 3 adultos no país desenvolverão câncer de pele ao longo da vida.
Os resultados indicam que o sol escaldante australiano não é o único fator responsável pelos índices elevados da doença. O estudo, publicado em julho, contou com um laboratório externo e a participação de 10 voluntários. Todos aplicaram os produtos testados e passaram por um simulador de efeitos solares na pele. A partir da quantidade de vermelhidão nas áreas protegidas e não protegidas, foi possível comparar os níveis de FPS divulgados com os de fato oferecidos pelos protetores.
Apenas 4 dos 20 produtos testados passaram na avaliação da CHOICE, apresentando valor de FPS igual ou superior ao divulgado na embalagem. O produto que apresentou o resultado mais discrepante foi o protetor solar da Ultra Violette, que oferecia apenas FPS 4, ao contrário do 50+ indicado. Diante da descoberta, a CHOICE optou por refazer os testes em um laboratório na Alemanha, que confirmou resultados semelhantes. As marcas negaram os resultados, mas a Ultra Violette retirou o produto das prateleiras e admitiu a falha, ressaltando a importância do uso contínuo de protetores solares.