Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) indica que 53,8% dos trabalhadores no Brasil consideram pouco provável ou muito pouco provável perder o emprego ou a principal fonte de renda nos próximos seis meses. O estudo, divulgado nesta segunda-feira (16), revela que a confiança é mais acentuada entre aqueles que recebem acima de três salários mínimos, com 62,4% demonstrando segurança em manter suas ocupações.
Os dados da sondagem, coletados entre 2 de junho e 30 de agosto, mostram uma variação significativa na percepção de risco de desemprego conforme a faixa de rendimento. Enquanto apenas 32,6% dos trabalhadores que ganham até um salário mínimo se sentem seguros, essa porcentagem aumenta para 41,3% entre aqueles que recebem entre um e três salários mínimos. O economista Rodolpho Tobler, do Ibre/FGV, destaca que o mercado de trabalho está aquecido e a taxa de desemprego está em níveis históricos baixos, embora uma desaceleração econômica possa mudar esse cenário.
Além disso, a pesquisa também revelou um aumento na satisfação dos trabalhadores com seus empregos, passando de 14,8% em julho para 15,3% em agosto. A proporção de pessoas que consideram sua renda suficiente para cobrir despesas básicas também cresceu, de 67,7% para 69,1%. Esses dados fazem parte do levantamento trimestral sobre o mercado de trabalho brasileiro e refletem uma tendência positiva, mas com ressalvas quanto à estabilidade futura.