Pequim celebrou nesta quarta-feira (3) o Dia da Vitória, que marca os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, com um grande desfile militar no centro da capital. O evento não apenas homenageia a rendição do Japão, mas também enfatiza a resistência chinesa contra a agressão japonesa, destacando a importância do dia 3 de setembro como um símbolo de luta e superação para o povo chinês. Especialistas ressaltam que essa escolha de data busca desvincular a narrativa oficial ocidental e valorizar a contribuição da China na guerra.
Durante o desfile, o presidente chinês, Xi Jinping, expressou gratidão aos veteranos e reafirmou que o povo chinês está “firmemente do lado certo da história”. A celebração contou com a presença de líderes como Vladimir Putin e Kim Jong-un, simbolizando uma aliança estratégica entre esses países. A exibição de inovações militares, incluindo mísseis balísticos, também sinaliza o fortalecimento do poderio militar chinês em um contexto global cada vez mais competitivo.
O evento não apenas marca um momento histórico para a China, mas também envia uma mensagem clara ao mundo sobre sua posição geopolítica. A escolha de manter o convite a Putin, apesar das ausências de líderes ocidentais, reflete uma estratégia deliberada de Pequim para afirmar seu papel de liderança na região e no cenário internacional. Essa celebração é um indicativo das ambições da China em se consolidar como uma potência global, desafiando narrativas ocidentais e promovendo sua própria visão de história.