O Parlamento da França destituiu o primeiro-ministro François Bayrou nesta segunda-feira (8), tornando-se o terceiro a perder o cargo em um ano. As tensões entre o governo e a Assembleia Nacional aumentaram em resposta às propostas de Bayrou, que incluíam a eliminação de feriados nacionais, aumento de impostos e cortes nos gastos sociais, resultando em descontentamento generalizado. Com 364 parlamentares votando pela sua saída, a crise política se aprofunda na segunda maior economia da zona do euro.
A queda de Bayrou ocorre em um contexto de instabilidade política crescente, onde o presidente Emmanuel Macron enfrenta um Parlamento sem maioria clara após as eleições antecipadas de 2024. A situação se complica ainda mais com a ascensão da esquerda e da extrema-direita, que ampliaram sua influência nas últimas eleições. Macron, que não comentou sobre uma possível renúncia, deve anunciar um novo primeiro-ministro nos próximos dias, enquanto a incerteza política continua a pairar sobre o governo.
As implicações da destituição de Bayrou podem ser profundas, afetando não apenas a governabilidade interna da França, mas também suas relações com a União Europeia. A crise política pode gerar um efeito dominó, impactando decisões econômicas e sociais cruciais em um momento em que a França já enfrenta desafios significativos. O futuro do governo Macron permanece incerto, com cada novo gabinete correndo o risco de enfrentar a mesma fate.