O ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, criticou nesta segunda-feira (29) as restrições impostas ao seu visto pelo governo dos Estados Unidos, que o impediram de participar presencialmente do 62º Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), realizado em Washington. Participando por videoconferência, Padilha condenou políticas consideradas negacionistas na área da saúde e ressaltou a importância da cooperação entre os países das Américas para combater doenças como o sarampo.
Durante seu discurso, o ministro destacou a necessidade de investimentos em pesquisas e programas de vacinação, alertando para os riscos do negacionismo impulsionado por líderes governamentais, que prejudica a saúde pública e a unidade entre as nações. Ele também enfatizou os impactos das mudanças climáticas sobre a saúde e defendeu a adaptação dos sistemas públicos para enfrentar esses desafios. Padilha aproveitou para apresentar avanços do Brasil, como o aumento da cobertura vacinal após anos de queda e políticas públicas como o Mais Médicos e o programa Agora Tem Especialistas.
O ministro reafirmou o compromisso do Brasil com a ciência, a inovação e a cooperação internacional, convocando pesquisadores e empresas para atuarem no país. Ele ressaltou que as portas do Brasil estão abertas para parcerias que promovam o desenvolvimento de vacinas e medicamentos. Além disso, destacou a entrega de um relatório à Opas que evidencia a redução da transmissão vertical do HIV e a diminuição significativa das mortes por dengue no país em 2025.