O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que as restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos não impedirão o Brasil de firmar acordos na área da saúde. Durante uma visita ao Hospital Federal do Andaraí, no Rio de Janeiro, Padilha ressaltou que, embora as medidas possam atrasar encontros, elas não bloqueiam o avanço das parcerias. “Eles até podem restringir a circulação de um ministro, mas não podem restringir a ideia”, declarou.
O governo de Donald Trump impôs limites à presença de Padilha em solo americano durante a Assembleia Geral da ONU, restringindo seus deslocamentos a locais oficiais. Além disso, a esposa e a filha do ministro tiveram vistos cancelados no mês passado. Em relação ao impacto das restrições, Padilha mencionou que elas afetam a indústria exportadora brasileira, especialmente fabricantes de equipamentos e insumos da saúde bucal. O governo já está articulando soluções com o BNDES e o Ministério do Desenvolvimento para proteger empregos e abrir novos mercados.
O ministro também destacou a parceria com empresas dos EUA para produzir a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), que estará disponível no SUS a partir de novembro. Ele enfatizou que essas empresas continuam investindo no Brasil e transferindo tecnologia, o que gera renda e empregos. Além disso, Padilha apresentou o Implanon, um implante contraceptivo que será distribuído gratuitamente pelo SUS, visando reduzir a gravidez na adolescência e melhorar a saúde das mulheres.