Owen Cooper, com apenas 15 anos, fez história ao se tornar o ator masculino mais jovem a ganhar um Emmy por sua atuação na minissérie ‘Adolescência’, da Netflix, durante a cerimônia realizada no último domingo, 14. Apesar desse feito impressionante, ele não detém o recorde de artista mais novo a faturar a estatueta, que ainda pertence a Roxana Zal, que conquistou o prêmio aos 14 anos em 1984. Cooper já era o mais jovem indicado na categoria de melhor ator coadjuvante de minissérie e em qualquer categoria de atuação.
A minissérie ‘Adolescência’ retrata a história de Jamie, um adolescente de treze anos que se envolve com o submundo cibernético dos incels, levando-o a cometer um ato violento contra uma colega de escola. Filmada em plano sequência sem cortes, a produção não apenas rompeu barreiras no streaming, mas também suscitou debates sobre os perigos do bullying e da radicalização juvenil nas redes sociais. A repercussão foi tão significativa que a série passou a ser exibida em escolas do Reino Unido e se tornou um alerta para pais em diversos países, incluindo o Brasil.
As implicações dessa premiação e da série vão além do entretenimento; elas destacam a necessidade urgente de discutir temas como misoginia e violência entre jovens. A visibilidade que ‘Adolescência’ ganhou pode contribuir para uma maior conscientização sobre esses problemas sociais, incentivando diálogos entre pais e filhos sobre as influências digitais e os riscos associados. Assim, Owen Cooper não apenas marca um feito pessoal, mas também se torna um símbolo de uma geração que enfrenta desafios complexos na era digital.