A Superquarta, marcada para a próxima semana, gera grande expectativa entre os agentes do mercado financeiro. Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank, afirma que o Federal Reserve dos Estados Unidos deve iniciar um ciclo de cortes na taxa de juros, atualmente entre 4,25% e 4,50% ao ano. No Brasil, a taxa Selic deve permanecer inalterada em 15% ao ano, um dos maiores patamares em quase duas décadas.
Quartaroili destaca que a tendência é de queda no preço do dólar até o final deste ano, impulsionada pela expectativa de cortes nos juros americanos. Apesar da deflação registrada no IPCA-15 de agosto, que foi de 0,14%, a economista observa que alguns componentes da inflação ainda apresentam resiliência. Ela ressalta que a pressão sobre itens relacionados à renda pode persistir, mesmo com a queda nos preços de energia e alimentos.
Com a proximidade das eleições em 2026, Quartaroli alerta para um aumento na volatilidade do mercado. Embora a deflação recente tenha sido positiva, ela acredita que o Banco Central não terá espaço para reduzir a Selic até o final do ano, podendo haver cortes apenas no início do próximo ano. A cautela é a palavra-chave neste cenário econômico.