Cientistas propõem que o ‘Oumuamua, o primeiro objeto interestelar a visitar o nosso sistema solar em 2017, pode ser um fragmento de um planeta semelhante a Plutão de outro sistema estelar. A nova teoria, defendida por Steve Desch e Alan Jackson, destaca a composição rica em nitrogênio do objeto, que o distingue de outros cometas observados. Essa característica sugere uma origem exótica e levanta questões sobre a formação de corpos celestes em sistemas distantes.
Desch argumenta que o ‘Oumuamua pode ter se originado de colisões violentas em um sistema estelar distante, onde fragmentos de planetas semelhantes a Plutão foram expulsos para o espaço interestelar. A ausência de uma cauda e o formato peculiar do objeto reforçam essa hipótese. Além disso, a superfície brilhante de nitrogênio congelado torna o ‘Oumuamua visível, mesmo após ter perdido mais de 90% de sua massa original durante sua passagem pelo nosso sistema solar.
Se a teoria se confirmar, isso poderá indicar que fragmentos semelhantes a Plutão são comuns em outros sistemas estelares, ampliando nosso entendimento sobre a formação planetária. Os cientistas sugerem que futuras análises com telescópios avançados, como o ATLAS e o Observatório Vera C. Rubin, poderão detectar objetos com composições similares, abrindo novas possibilidades de pesquisa no campo da astrofísica.