Dias após o som de sirenes antiaéreas e o estrondo dos caças da Otan romperem a tranquilidade da Polônia, uma questão crucial permanece: a capacidade da aliança em responder à crescente ameaça russa. A Polônia acredita que a recente incursão de cerca de 20 drones russos no espaço aéreo da Otan foi um teste deliberado das defesas da aliança, revelando vulnerabilidades significativas. A inteligência ucraniana estima que cada drone custe cerca de US$ 10.000, em contraste com os milhões gastos em caças F-16 e F-35 mobilizados pela Otan para interceptá-los.
Especialistas como Robert Tollast, do Royal United Services Institute, alertam que a assimetria de custos torna insustentável a defesa atual. Embora os caças da Otan tenham sido eficazes em impedir ataques em larga escala, como o iraniano contra Israel, o custo elevado dessas operações levanta questões sobre a viabilidade a longo prazo. A tecnologia militar já existe, mas muitos ministérios da defesa da Otan ainda não se adaptaram às novas realidades do combate moderno.
A guerra na Ucrânia está servindo como um campo de testes para inovações tecnológicas, com empresas como a Tekever, de origem portuguesa, ganhando destaque. O governo britânico já adquiriu drones de vigilância AR3 da Tekever para uso na Ucrânia, e há planos para expandir a produção. A situação atual exige que a Otan reavalie suas estratégias e busque soluções mais eficientes para enfrentar as ameaças emergentes no cenário geopolítico.