A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que foi criada para conter a União Soviética, enfrenta um novo desafio: controlar a instabilidade dos Estados Unidos. O colunista Max Hastings, da Bloomberg, observa que, após décadas focadas na ameaça soviética, os europeus agora tentam influenciar o presidente Donald Trump através da bajulação. Em uma reunião na Casa Branca em 18 de agosto, Trump recebeu o líder ucraniano Vladimir Zelensky e líderes da União Europeia, destacando a nova dinâmica nas relações internacionais.
Hastings menciona que o comportamento dos líderes europeus durante a visita a Washington reflete uma dependência quase vassala em relação aos EUA. O ex-embaixador da França nos EUA, Gérard Araud, corroborou essa análise, sugerindo que a postura dos europeus é uma tentativa de mitigar a instabilidade americana. Trump, por sua vez, comentou que os aliados europeus o chamam de ‘presidente da Europa’, evidenciando a complexidade das relações transatlânticas.
As implicações dessa nova realidade são significativas, pois levantam questões sobre a autonomia europeia e a capacidade da OTAN de se adaptar a um cenário onde os EUA se tornam uma fonte de instabilidade. A declaração de Trump sobre os gastos com defesa e sua percepção de respeito por parte dos aliados europeus sugere uma reconfiguração das alianças e um desafio para a coesão da OTAN no futuro.