Políticos da oposição divulgaram nesta segunda-feira (29) um vídeo produzido por inteligência artificial que utiliza a imagem e voz de Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como “Débora do batom”, para promover a caminhada pela anistia marcada para 7 de outubro em Brasília. No material, ela afirma ter participado dos atos de 8 de janeiro e relata o uso de batom para pichar a estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), com a frase “perdeu, mané”.
Débora cumpre prisão domiciliar desde 28 de março de 2025, após ser condenada a 14 anos por crimes relacionados à invasão das sedes dos Três Poderes. A defesa da cabeleireira afirmou não ter autorizado o uso da imagem e anunciou que acionará o STF para informar que ela cumpre as medidas cautelares impostas pela corte, incluindo a proibição de uso de redes sociais e comunicação com terceiros.
O episódio intensifica o debate político sobre as penas aplicadas pelo STF e a mobilização da oposição em torno da anistia aos envolvidos nos atos de janeiro. Além disso, levanta questões jurídicas sobre o uso de inteligência artificial para criar conteúdos que podem influenciar a opinião pública sem autorização dos envolvidos, ampliando o desafio regulatório diante das novas tecnologias.


