O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se viu no centro de uma polêmica após sua declaração sobre o prejuízo de R$ 4 bilhões dos Correios no primeiro semestre de 2025. Durante uma entrevista à Band, Haddad atribuiu a situação a problemas estruturais da estatal e à concorrência que não é obrigada a realizar entregas em áreas remotas, afirmando que as empresas rivais focam apenas em serviços lucrativos.
A declaração gerou reações negativas entre membros da oposição, que questionaram a capacidade do ministro de explicar a crise financeira da estatal. O deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP) e outros críticos lembraram que os Correios tiveram lucros significativos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A demissão do presidente da empresa, Fabiano Silva dos Santos, em julho, também acirrou as tensões políticas em torno da gestão dos Correios.
As implicações dessa crise são profundas, refletindo não apenas na imagem do governo federal, mas também na confiança pública em uma das estatais mais tradicionais do Brasil. Com o aumento do prejuízo e as críticas da oposição, a situação dos Correios pode levar a um debate mais amplo sobre a viabilidade e a gestão das estatais no país. A discussão sobre o futuro da empresa e suas operações em áreas remotas continua sendo um tema relevante na agenda política brasileira.