Na manhã de 9 de setembro de 2025, a oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compareceu ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF). O líder da oposição na Câmara, Coronel Zucco (PL-RS), destacou-se entre os presentes, que incluíam apenas deputados da esquerda, marcando uma mudança em relação à semana anterior, quando apenas congressistas governistas estavam presentes. Essa presença da oposição coincide com uma intensa articulação para pautar um projeto de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, que deve ser discutido após a sentença do ex-presidente.
Coronel Zucco afirmou ter os votos necessários para aprovar a proposta de anistia e planeja solicitar ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que a pauta seja discutida na próxima semana. O julgamento de Bolsonaro, que enfrenta acusações de tentativa de golpe de Estado, deve ser concluído até 12 de setembro, com a possibilidade de penas que variam entre 12 e 43 anos. Mesmo se absolvido, Bolsonaro permanece inelegível até 2030 devido a condenações anteriores no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As implicações desse julgamento são significativas, pois a proposta de anistia poderia permitir que Bolsonaro retornasse à política, extinguindo suas inelegibilidades. A decisão do STF não apenas impactará o futuro político do ex-presidente, mas também poderá alterar o cenário político brasileiro, dependendo do desfecho do julgamento e da aceitação da proposta de anistia pela Câmara dos Deputados.