Três grandes operações policiais deflagradas na semana passada em oito estados brasileiros, com foco na Avenida Faria Lima, em São Paulo, expuseram a gravidade do crime organizado no país. A facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foi identificada como central nas movimentações de R$140 bilhões relacionadas ao garimpo ilegal e outras atividades ilícitas, destacando a fragilidade da Segurança Pública em locais como Roraima.
As operações revelaram que o crime organizado não se limita mais a disputas territoriais nas periferias, mas se infiltrou em grandes corporações e no mercado financeiro. A abordagem atual das autoridades, que prioriza ações policiais agressivas e a figura do “policial herói”, tem sido criticada por não oferecer soluções duradouras e por desviar a atenção das verdadeiras necessidades de investimento em inteligência e investigação.
Enquanto os governos persistem em estratégias de combate que se mostram ineficazes, o PCC e outras organizações criminosas continuam a se fortalecer. A falta de uma política pública abrangente para a Segurança Pública pode resultar em um aumento da violência e na perpetuação do ciclo de criminalidade, com consequências graves para a sociedade brasileira.