Na quarta-feira (3), a Polícia Federal deflagrou a operação Zargun, resultando na prisão de Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, e outros membros de sua quadrilha. As investigações apontam que o grupo pretendia aumentar sua influência na política do Rio de Janeiro, com planos de lançar Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão, como candidato a vereador em Duque de Caxias.
Os áudios interceptados pela Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE) revelam uma estratégia para nomear policiais que integravam a organização em gabinetes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O grupo também buscava criar uma imagem pública favorável para Índio, que estava sendo preparado para se distanciar de suas ligações com o tráfico, enquanto planejava residir em áreas nobres da cidade.
As implicações da operação são profundas, levantando questões sobre a corrupção endêmica que permeia as instituições políticas do estado. A manutenção das prisões por parte do Tribunal Regional Federal (TRF) indica um comprometimento em investigar e desmantelar redes criminosas que operam sob a fachada da política. A defesa de TH Joias alega perseguição política, mas as evidências coletadas pela PF sugerem um cenário alarmante de conivência entre crime organizado e autoridades locais.