Sete pessoas foram presas na manhã de 8 de setembro de 2025 durante uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP), com apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil, contra a atuação do PCC (Primeiro Comando da Capital) na Favela do Moinho, localizada no Centro da capital paulista. A ação, batizada de Operação Sharpe, tinha como objetivo cumprir dez mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão contra membros do grupo criminoso. Entre os detidos estão Alessandra Moja e sua filha Yasmin Moja, além de José Carlos da Silva, conhecido como ‘Carlinhos’, apontado como sucessor do tráfico na comunidade após a prisão de Leo do Moinho no ano passado.
Alessandra Moja é irmã de Leo do Moinho e líder comunitária da Associação dos Moradores da Favela do Moinho, onde desempenha um papel crucial na mobilização contra intervenções policiais. Yasmin Moja, sua filha, também foi presa na operação. José Carlos da Silva é acusado de ter sido nomeado por Leo para assumir o comando do tráfico após sua prisão. Outros detidos incluem Jorge de Santana e Cláudio dos Santos Celestino, conhecido como ‘Xocolate’, que estaria envolvido em atividades criminosas relacionadas ao tráfico e à lavagem de dinheiro.
A Operação Sharpe é um desdobramento da Operação Salus et Dignitas, realizada em agosto do ano anterior, que visava desarticular ações do crime organizado na região da Cracolândia. Com a prisão dos suspeitos, as autoridades buscam impedir a reorganização do PCC e garantir a segurança dos moradores durante o processo de reurbanização da Favela do Moinho, que será transformada em um parque público. O MPSP destaca que essa ação é um golpe significativo contra o grupo criminoso que ainda tenta intimidar a população local.