As sanções da ONU contra o Irã serão restabelecidas neste sábado, 27 de setembro, após a falha nas negociações entre países europeus e Teerã. O grupo E3, formado por Reino Unido, França e Alemanha, ativou o mecanismo de ‘snapback’, que permite a reimposição de medidas que haviam sido suspensas em 2015. Após a aprovação do Conselho de Segurança da ONU e o insucesso da Rússia e da China em adiar o prazo, sanções severas, incluindo embargo de armas e restrições econômicas, entrarão em vigor.
O presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, declarou em Nova York que os Estados Unidos pediram ao Irã que desistisse de todo o seu urânio enriquecido em troca de uma moratória de três meses nas sanções, o que ele considerou totalmente inaceitável. Pezeshkian também criticou propostas semelhantes feitas pela França e convocou embaixadores na Europa em protesto. A embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward, afirmou que a escalada nuclear do Irã representa uma ameaça à paz e à segurança.
As tensões aumentam à medida que o Irã se recusa a ceder à pressão internacional, embora tenha deixado a porta aberta para negociações. O país suspendeu relações com a AIEA após um conflito com Israel e Washington, mas aceitou uma nova estrutura de cooperação. A situação continua a ser monitorada de perto, com a possibilidade de novas reuniões diplomáticas durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York.