As sanções da ONU contra o Irã foram restabelecidas na noite de sábado (27), após o término do mecanismo ativado por Reino Unido, França e Alemanha. Os três países ocidentais acusam Teerã de violar compromissos do acordo nuclear de 2015, que visa impedir o desenvolvimento de armas nucleares. A decisão ocorreu após a falha de Rússia e China em prorrogar a validade da resolução do Conselho de Segurança da ONU, que expirou na sexta-feira (26).
As sanções incluem um embargo de armas e severas medidas econômicas, que voltaram a entrar em vigor automaticamente às 20h de Nova York (21h em Brasília), dez anos após seu levantamento. O representante francês na ONU afirmou que o retorno das sanções não significa o fim da diplomacia com o Irã. Em resposta, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, criticou a decisão como ilegal e imprudente, prometendo que Teerã ajustaria suas políticas em resposta às novas restrições.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, declarou que o país está preparado para enfrentar qualquer cenário e que as sanções complicariam as negociações futuras. O Irã também anunciou a construção de uma nova instalação de enriquecimento nuclear, desafiando as exigências internacionais. A situação atual levanta preocupações sobre uma escalada nas tensões entre o Irã e as potências ocidentais, especialmente em um contexto onde a diplomacia já se mostra desafiadora.