As sanções da ONU contra o Irã foram restabelecidas na noite de sábado (27), após o término do mecanismo acionado por Reino Unido, França e Alemanha no fim de agosto. Os países ocidentais acusam Teerã de violar os compromissos do acordo nuclear de 2015, enquanto o Irã nega qualquer descumprimento. O retorno das restrições, que inclui embargo de armas e medidas econômicas, ocorreu após a falha de Rússia e China em estender a resolução por seis meses, até abril de 2026.
A proposta para prorrogar as sanções recebeu quatro votos a favor, nove contra e duas abstenções entre os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU. França, Alemanha e Reino Unido afirmam que o país persa descumpriu o pacto que visa impedir a fabricação de armas nucleares. O representante francês na ONU destacou que o restabelecimento das sanções “não significará o fim da diplomacia”. Em resposta, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, classificou a decisão como “legalmente nula” e acusou os países ocidentais de distorcerem a realidade do programa nuclear pacífico do Irã.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que o país está preparado para qualquer cenário, mas esperava que as sanções não fossem reinstauradas. Israel, que já atacou instalações nucleares do Irã em junho, saudou a decisão da ONU, considerando-a um passo decisivo para impedir que Teerã desenvolva armas nucleares. O Ministério das Relações Exteriores israelense defendeu o uso de todas as ferramentas internacionais disponíveis para reforçar a pressão sobre o Irã em meio à crise nuclear.