A Organização Meteorológica Mundial (OMM), vinculada à ONU, divulgou um relatório em 15 de setembro de 2025, indicando que a camada de ozônio está em processo de recuperação e pode retornar aos níveis da década de 1980 até meados deste século. O estudo revela que o buraco sobre a Antártida foi menor em 2024 do que em anos anteriores, um avanço atribuído ao Protocolo de Montreal, que desde 1987 promove a eliminação gradual de substâncias prejudiciais à camada de ozônio. Com mais de 99% da produção e consumo desses compostos já eliminados, a OMM observa uma desaceleração na destruição atmosférica. O secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou o relatório como um exemplo do sucesso da cooperação internacional. Ele afirmou que a recuperação da camada de ozônio demonstra que o progresso é possível quando os países seguem a ciência. O estudo também aponta que a melhora pode ser influenciada por fatores naturais, com o buraco atingindo um déficit máximo de 46,1 milhões de toneladas em setembro de 2024. Projeções indicam que a camada de ozônio deve se recuperar completamente até 2066 sobre a Antártida, até 2045 sobre o Ártico e por volta de 2040 no restante do planeta. Essa reversão é esperada para reduzir riscos de câncer de pele, catarata e danos aos ecossistemas devido à exposição excessiva aos raios ultravioleta.