Em um relatório divulgado nesta sexta-feira, 26 de setembro de 2025, o escritório de direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) revelou que 158 empresas têm vínculos com assentamentos israelenses na Cisjordânia, considerados ilegais pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ). Entre as empresas listadas estão grandes nomes do setor de turismo, como Airbnb, Booking.com e TripAdvisor, com 68 novas adições desde a última atualização em 2023.
O relatório destaca que todas as empresas mencionadas estão envolvidas em atividades que levantam preocupações sobre direitos humanos. O governo de Israel contestou a lista, afirmando que as empresas operam dentro da legalidade e que Israel possui laços históricos com a região. Volker Turk, chefe de direitos humanos da ONU, ressaltou a importância da diligência das empresas em contextos de conflito para evitar contribuições para abusos.
As implicações desse relatório são significativas, especialmente considerando a decisão do TIJ em julho de 2024, que ordenou a remoção dos colonos israelenses da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, além de indenizações aos palestinos. A fabricante alemã Heidelberg Materials também contestou sua inclusão na lista, afirmando não estar mais ativa na região. O debate sobre a legalidade das atividades empresariais na Cisjordânia continua a ser um ponto sensível nas relações internacionais e nos direitos humanos.